"Se escrevo o que sinto é por que diminuo a febre de sentir..."

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Ao meu amigo anjo


Se eu desistir, e você estiver por aqui,
por favor, não diga nada, apenas segue comigo.
E onde o obstáculo for maior,
sua mão será minha guia,
construindo pontes, onde nada havia.


Se eu chorar, e você estiver por aqui,
por favor, não tente me consolar, antes, silencia.
Deixe a emoção que não cabe mais em mim,
falar através das lágrimas, ainda que pareça não ter fim.

Se eu rir assim, do nada, sem motivo aparente,
e você estiver por aqui, não me julgue mal,
apenas sorria, e acredite: eu sou normal.

Se eu me apaixonar e você estiver aqui,
deixa eu viver a ilusão da chama da paixão,
ainda que eu me queime, que doa o coração,
compreenda; o amor que ainda não amadureceu,
é cego, surdo e mudo diante da razão.

Se eu te magoar, perdoe,

se te ferir, me repreenda,

se te abandonar, entenda,

se não te procurar, compreenda.

Sou um explorador imaturo deste mundo,
e me perco no caldeirão das emoções que crio,
com meus atos inseguros.
Sou vítima das minhas emoções,
carente de razão,
e por vezes, enlouquecido, movido apenas pela paixão.

Ainda que eu não o procure, você sempre me encontra.
Ainda que eu não pergunte, você tem a resposta,
ainda que eu me revolte, você perdoa,
ainda que eu vire as costas, você me espera…

"Mais vale um amigo verdadeiro do que um amor fingido!"

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